Hiperatividade Baixa
Ocorre quando o paciente não possui um nível patológico, leia-se a ponto de precisar de tratamento medicamentoso. Alguns sinais da baixa hiperatividade são simples entusiasmos exagerados, falta de paciência com coisas banais, mudança de humor, dificuldade em ficar parado, sempre procurando objetos para interagir, normalmente os quebrando, insônia e vícios leves. Por não se tratar de algo muito grave, muitas vezes se é recomendável apenas o tratamento como encontrar uma atividade de prazer, seja ela jogar vídeos games, esportes como lutas, mas que não o deixem exausto, e possa ser feito por várias horas diariamente, sem necessária locomoção.
Hiperatividade Grave
O transtorno se caracteriza por sinais claros e repetitivos de desatenção, inquietude e impulsividade, mesmo quando o paciente tenta não mostrá-lo. Existem vários graus de manifestação do TDAH, os mais caracterizados são tratados com medicamentos, como o cloridrato de metilfenidato (Ritalina ou Concerta em sua versão comercial), Bupropiona, Modafinil e Antidepressivos Tricíclicos como a Imipramina. Recebe às vezes o nome DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) ou SDA (Síndrome do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, as iniciais de Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD.). Na década de 1980, a partir de novas investigações, passou-se a ressaltar aspectos cognitivos da definição de síndrome, principalmente o déficit de atenção e a impulsividade ou falta de controle, considerando-se, além disso, que a atividade motora excessiva é resultado do alcance reduzido da atenção da criança e da mudança contínua de objetivos e metas a que é submetida. É um transtorno reconhecido pela OMS (Organização Mudial da Saúde), tendo inclusive em muitos países, lei de proteção, assistência e ajuda tanto aos que têm este transtorno ou distúrbios quanto aos seus familiares. Há muita controvérsia sobre o assunto. Há especialistas que defendem o uso de medicamentos e outros que, por tratar-se de um Transtorno Social, o indivíduo deve aprender a lidar com ele sem a utilização de medicamentos. Segundo Rohde e Benczick o TDAH é um problema de saúde mental que tem como características básicas a desatenção, a agitação (hiperatividade) e a impulsividade, podendo levar a dificuldades emocionais, de relacionamento, bem como a baixo desempenho escolar; podendo ser acompanhado de outros problemas de saúde mental. Os autores Rohde e Benczich, caracterizam o TDAH em dois grupos de sintomas. Outros pesquisadores abordam o tema de forma crítica, sobretudo como vem sendo diagnosticado atualmente e defendem que comportamento hiperativo não significa necessariamente presença de TDAH. Um diagnóstico adequado requer uma ampla avaliação com procedimento histórico (nesse caso com informações dos familiares), clínico e comportamental (acompanhamento de psicólogos e psicopedagogos). Dá-se a essa série de entrevistas a denominação de anamnese. As características relativas ao comprometimento da atenção/hiperatividade se manifestam ao menos em duas situações, como na casa e na escola, e provocam no portador e nos familiares sofrimentos ou conflitos comportamentais, problemas de socialização e acadêmicos. Para um diagnóstico mais preciso, os sintomas efetivamente são observados a partir dos seis anos de idade, sobretudo se tais manifestações se apresentarem ininterruptas por um período superior a seis meses.
Descrição e diferenças em relação aos outros subtipos de TDA
As características marcantes desse tipo de transtorno são a facilidade de distração com devaneios freqüentes (imaginação "viajante"), desorganização, procrastinação, esquecimento e letargia/fadiga. Ao contrário do que ocorre nos outros subtipos, não são comuns traços de hiperatividade. O ADHD-I geralmente é diagnosticado muito mais tardiamente que os outros subtipos de ADHD, provavelmente porque a falta de sintomas de hiperatividade torna a doença mais discreta. Os sintomas não precisam estar presentes o tempo todo, um dos motivos pelos quais alguns profissionais preferem o termo "inconsistência de atenção" ao invés de "déficit de atenção". O ADHD-I aumenta significantemente o risco do abandono prematuro do ensino médio e superior.
Pais e professores podem interpretar erroneamente as causas das atitudes e comportamentos de uma criança com TDAH-I e, talvez, fazerem freqüentemente repreensões inadequadas, como: "você é irresponsável", "você é desorganizado", "você não se esforça", etc. Algumas crianças acabam entendendo que são diferentes de alguma forma, mas, infelizmente, isso não impede que elas aceitem as críticas indevidas, criando uma auto-imagem negativa e, pior ainda, auto-alimentada.
Freqüentemente, a ausência de tratamento e diagnóstico faz com que a desatenção, frustrações e baixa auto-estima criem uma série de problemas de relacionamento pessoal, além de problemas de desempenho no ensino superior ou no trabalho (aliados aos problemas de relacionamento, também nesses ambientes). Esse quadro, principalmente considerando-se a baixa auto-estima e as frustrações, acaba levando freqüentemente a outros distúrbios (como os de humor ou de ansiedade) e ao uso de drogas.
Alguns especialistas, como o Dr. Russell Barkley, argumentam que TDA-PI (PI = predominantemente desatento) é tão diferente do TDAH tradicional que deveria ser considerada uma desordem distinta. Dr. Russel cita alguns sintomas comuns entre pacientes com TDA-PI -- particularmente a quase ausência de desordens de conduta e comportamentos de alto risco -- e respostas bastante diferentes a medicamentos estimulantes.
Sintomas
Critérios do DSM-IV
O DSM-IV permite o diagnóstico do subtipo predominantemente desatento se o indivíduo apresentar os seguintes sintomas de desatenção por pelo menos seis meses (chegando ao ponto de ser prejudicial ao seu desenvolvimento):
1. Freqüentemente não dá a atenção devida a detalhes ou comete erros típicos de descuido na escola, no trabalho ou em outras atividades.
2. Freqüentemente tem problemas em manter a atenção em tarefas ou atividades recreativas.
3. Freqüentemente parece não dar ouvidos quando lhe dirigem a palavra.
4. Freqüentemente não segue instruções e falha em concluir tarefas escolares, pequenas tarefas ou obrigações no trabalho (não devido a oposição ou não compreensão das instruções).
5. Freqüentemente tem problemas organizando atividades.
6. Freqüentemente evita, não gosta ou não quer fazer coisas que exigem tempo e esforço mental.
7. Freqüentemente perde coisas necessárias para as tarefas e atividades (ferramentas, brinquedos, canetas, livros, etc).
8. Freqüentemente se distrai.
9. Freqüentemente esquece atividades do dia-a-dia.
10. Freqüentemente perde-se em pensamentos ou meditações longas.
Um requisito ao diagnóstico de TDA-PI é que os sintomas prejudiciais precisam estar ou ter estado presentes antes dos sete anos de idade e serem observados em pelo menos dois campos distintos da vida do indivíduo (casa e escola ou casa e trabalho, por exemplo). Há, ainda, evidências clínicas de prejuízo no convívio social e no desempenho acadêmico e ocupacional. Observa-se, ainda, que esses sintomas não devem ocorrer exclusivamente durante outras desordens (como esquizofrenia) e não devem ser melhor enquadrados por outros distúrbios (de humor, de ansiedade, de desassociação, de personalidade, etc).
Exemplos de sintomas observados
Crianças
• Falha ao prestar atenção a detalhes, bem como erros provenientes de descuido ao fazer tarefas escolares ou outras atividades.
• Problemas para manter a atenção centrada durante tarefas ou brincadeiras
• Aparentar não ouvir quando lhe dirigem a palavra
• Falha em seguir instruções ou terminar tarefas
• Evita tarefas que requerem grande esforço mental e organização, como projetos escolares
• Perda freqüente de itens necessários para facilitar tarefas ou atividades
• Distrai-se com excessiva facilidade
• Freqüentemente esquece-se das coisas
• Adia tarefas e tem dificuldade em iniciá-las
• Dificuldade em fazer as tarefas da casa
Adultos
• Freqüentemente comete erros característicos de descuido quando trabalhando em projetos que não são do seu interesse ou são difíceis
• Dificuldade em manter a atenção centrada no trabalho
• Dificuldade em concentrar-se em conversações
• Dificuldade em terminar projetos já iniciados
• Dificuldade em organizar-se de forma a concluir as tarefas
• Evita ou adia o início de projetos que requerem esforço mental
• Freqüentemente guarda em locais inapropriados ou perde coisas em casa ou no trabalho
• Facilmente distrai-se devido a outras atividades ou ruídos
• Dificuldade em lembrar-se de compromissos ou obrigações.
Hiperatividade pode ser descrita como um estado físico em que uma pessoa fica facilmente agitada e inquieta. Fortes reações emocionais, comportamento impulsivo e, por vezes, um curto espaço de atenção também são típicos de uma pessoa hiperativa. Alguns indivíduos podem mostrar estas características naturalmente, como a personalidade que difere de pessoa para pessoa. No entanto, quando a hiperatividade começa a tornar-se um problema para a pessoa ou outras pessoas, pode ser classificado como um transtorno médico. Distúrbio do déficit de atenção sem hiperatividade (ADHD-I or ADHD-PI) é um dos três subtipos de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Esse transtorno é algumas vezes chamado apenas de distúrbio de déficit de atenção pelo público em geral, mas esse termo foi modificado em 1994 pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais (DSM-IV), quarta edição.
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